BIKE traz o encontro entre a nova psicodelia e a natureza em seu novo single, “Sucuri”

A banda paulista BIKE tem se firmado como um dos expoentes da nova psicodelia brasileira. Com passagens por diversos festivais, incluindo o Primavera Sound (Espanha) e o The Great Escape (Inglaterra), a banda agora comemora os dez anos de projeto com nova formação e disco, previsto para setembro.

Gil Mosolino (baixo) se junta a Júlio Cavalcante (voz e guitarra), Diego Xavier (voz e guitarra) e Daniel Fumega (bateria) para trazerem o “Noise Meditations”, sexto disco de estúdio.

Foto: André Almeida

Primeira prova desse novo trabalho, “Sucuri” chega numa reflexão, mostrando como podemos interagir e aprender com a natureza animal. Guitarras que simulam pássaros ruidosos, improvisando e fluindo, e uma bateria que traz toda a organicidade e aquele veneno brasileiro que só mestres como Dom Um Romão e Robertinho Silva poderiam ensinar.

“(A música) é uma canção que traz a interação da terra natural com a terra ocupada”, explica o vocalista Júlio Cavalcante. Ela deriva da lenda Yube e a Sucuri, da tradição indígena Kaxinawá, em que um homem se apaixona por uma mulher sucuri. Para viver esse amor, ele também se transforma em sucuri, mergulhando no mundo profundo das águas. Lá, descobre uma bebida alucinógena que oferece poderes de cura e acesso ao conhecimento.

Metáfora que se alia e reforça esse estado de transe e sabedoria espiritual a que se propõe a música – e o disco.

Noise Meditations” já está com o vinil em pré-venda (no link) e vai ser entregue antes até da data de lançamento nas plataformas de streaming, tanto para agradar os fãs que apoiam a banda quanto em crítica ao formato atual das plataformas (com seus algoritmos e formatos de pagamento tortos).

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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