Direto de São Leopoldo, descobri a dupla formada por Victória Appollo e Thomas Almeida: Juna. Em seu primeiro EP, “Marina Goes To The Moon”, eles exploram o shoegaze e o dream pop noventista do My Bloody Valentine e Slowdive como ninguém.
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Conversei um pouco com eles para entender como foi a composição do EP e também para conhecer mais algumas bandas de São Leopoldo. Confira:
Quem faz a Juna?
Juna é um duo, formado por Victória Appollo e Thomas Almeida na metade final de 2016. Para fazer apresentações, contamos com uma ‘banda de apoio’, que são amigos convidados.
O som de vocês é bem experimental e único por aqui, quem vocês citariam como inspiração?
O nosso som é um resgate dos anos 80 e 90, focando nas bandas que se consagraram na Europa, como por exemplo: Jesus and Mary Chain, Smiths, My Bloody Valentine, Slowdive, Cocteau Twins; mas usamos elementos de outros artistas para fazer certas experimentações como: David Bowie (fase Berlim), Miles Davis, Sonic Youth, Tame Impala e outras coisas que ficam no subconsciente.
E esse EP saiu do jeito que vocês queriam? Como foi o processo de composição?
O EP teve um resultado melhor do que o esperado e nos surpreendemos com a repercussão que atingiu, muito além do imaginado. Sobre o processo de composição, nós não nos pressionamos muito, as músicas tanto floresceram quanto continuam florescendo de maneira espontânea e quando ela chega no lugar esperado, então ela está pronta para ser gravada. Por tal razão que já podemos contar com segurança que logo trabalhos novos virão.
Aproveitando o gancho para falar de bandas novas, como é a cena de São Leopoldo? Quais outros artistas vocês indicariam?
Uma vez inseridos na cena da região descobrimos o quanto ela é rica, é lindo de ver. Toda a correria e a parceria do som independente é aconchegante.
Podemos citar bandas como a histórica Viana Moog, que atualmente conta com 3 integrantes na Siléste, que faz um som barulhento e com muita poesia. Também tem a Samsara Voyeur, híbrida com a cidade de Esteio. Outra banda que está em plena atividade é a Flanders 72.
Se vocês pudessem tocar em qualquer lugar do mundo, onde seria e por quê?
Um lugar apropriado seria na cena underground inglesa, podemos citar sem sombra de dúvida a cidade de Manchester. Além de ser uma cidade importante para o punk e pós-punk, está sempre a um passo à frente das inovações da música.
O que a gente pode esperar das apresentações ao vivo de vocês?
Ainda estamos desenvolvendo nossa performance, mas nossos shows contam com momentos intensos de improvisação, e cai bem sob qualquer tipo de “substância” que você consumir, levamos para o palco a reverberação que está presente no nosso EP.
E quais são os planos pra esse ano? Tem chance de rolar show aqui em SP?
Estamos com um single na manga, e trabalhando para o lançamento e promoção. É provável que consigamos finalizar um álbum cheio nesse ano, mas queremos trabalhar bem na divulgação.
Shows fora do estado fazem parte do que queremos fazer a médio-prazo, mas alguns fatores comprometem a viagem, a Victória tem apenas 17 anos.
São Paulo vai ter que esperar um pouco por Juna, mas quando formos, vamos levar embaixo do braço o nosso disco!