A nomeação de “voz de uma geração” que Arlo Parks recebeu do The Guardian não foi por acaso. Com indicação ao Grammy e um álbum de estreia aclamadíssimo, ela passa por temas extremamente pessoais, expondo o processo de compreensão da própria identidade, de uma forma bem universal. Com seu primeiro livro de poesias, não seria diferente.
“Escrever poesia para mim significa profunda interioridade. Eu me solto e atravesso as águas salgadas do meu próprio corpo, deixando meus capilares estourando e meus olhos transbordarem. Esta coletânea é o fruto dessa exploração íntima. Dentro dela, em um amontoado, estão todas as coisas que me deixam irritada, todas as coisas que me deixam tonta, triste ou incrivelmente feliz por estar viva. Levei quase vinte e três anos para compartilhar meus poemas com alguém que não fosse meus amigos mais queridos. A poesia era meu lugar, minha pequena clareira na floresta, onde eu podia depositar silenciosamente tudo o que guardava dentro de mim. Não sei o que me deu coragem para abrir esse espaço para vocês, mas estou aqui e estou fazendo isso. Tenho orgulho de lhe mostrar a vida que brilha através de minhas próprias lentes. Este livro não é mais meu. Ele é seu”.
E assim chega o “The Magic Border: Poetry and Fragments from My Soft Machine”, trazendo 20 poemas inéditos, além das letras do seu segundo álbum, My Soft Machine, e fotografias exclusivas de Daniyel Lowden.
O livro chega às livrarias no dia 21 de setembro (mas já tem pré-venda aqui).