Resenha: A autópsia visceral de Getúlio Abelha na Casa Natura

Existem muitas coisas entre morte e vida. E várias delas viram arte nas mãos de Getúlio Abelha. Questões políticas, corpos, gênero, relacionamentos e críticas ao conservadorismo se mesclam com forró, pop e eletrônico.

Foto: Nicole Kawano

Com o EP recém-lançado, ele mostra uma evolução natural em seu som, abrindo (mais) espaço para outros gêneros sem perder a identidade – o que, convenhamos, é a armadilha do segundo trabalho.

No ao vivo, “Autópsia” ganha novas cores num processo coletivo. Produção, ballet e atuação sincronizados para contar uma única narrativa, visceral e efervescente, guiada no carisma e bom humor por Getúlio. E dá-lhe coreô e troca de roupa nesse primeiro show, que aconteceu no último domingo na Casa Natura.

Entre as músicas dessa primeira parte do álbum, algumas das faixas do “Marmota” deram as caras. Assim como Luisa Nascimento e Katy da Voz e as Abusadas.

É tanto um respiro quanto uma provocação para a cena ver um show tão bem construído mesmo com as limitações dos artistas independentes. Só nos resta esperar pra descobrir o que mais ele ainda vai entregar.

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

Um Comentário:

  1. Ele é o momento!!!! O maior do Brasil, imagina se o Tiny Desk descobre essa joia

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