Encontrei várias pessoas confusas depois do show do Pete Doherty na quarta à noite. Foi bom? Não foi? Há controvérsias. O que ninguém pode negar é que Pete foi exatamente o que esperávamos que ele fosse: a lenda criada no Libertines.
Músicas emboladas umas nas outras, letras esquecidas e improvisos feitos na hora… Às vezes, ficava a impressão de que ele não seguraria o show. Em outras, ele voltava com fúria e entrou até num rant sobre o público depois de uma (longa) pausa.
Pete fez o show que quis, da forma como quis. E há quem não tenha ficado muito satisfeito com isso. É fato que as pessoas pareciam mais interessadas em ouvir as músicas do Libertines e Babyshambles – tanto que o Joia ia abaixo quando ele resolvia reviver “What Katie Did” ou “What A Waster”, mas Pete também mostrou muito de seu trabalho solo, mais intimista e poético, num ritmo desacelerado.
Vale o destaque para Jack Jones, guitarrista do Puta Madres – ele já saiu em turnê com o Libertines para abrir os shows com seus poemas e tem uma banda própria, Trampolene. Era ele quem soprava as letras para Pete durante seus lapsos de memória ou prolongava os acordes para dar uma segurada.
Aliás, foi ele que abriu os trabalhos, declamando, entre outros, “Ketamine”, descendo e conquistando a plateia de cara. No final, também foi ele que deu uma segurada no som, comandando a banda pra estender “Fuck Forever” depois que Pete caiu na galera. E que final, hein? Além do stage dive, teve invasão de palco nos moldes dos good old days de Libertines.
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