Um papo com a galera do True Rock Jägermeister

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A primeira edição do True Rock Jägersmeiter foi sucesso e, além da estreia do EP do Deb and the Mentals, contou ainda com Hellbenders, Marcelo Gross e Vivendo do Ócio. Aliás, foi tão boa que a segunda tá chegando aí, dessa vez ocupando o Hangar 110 no dia 29 de maio com Cristo Bomba, Bayside Kings, Bullet Bane e Mukeka di Rato.

Não dava pra perder a oportunidade: conversei com cada um deles sobre os festivais de hoje em dia, quais bandas deveriam tocar nas próximas e até… Bom, olha aí:

Deb and the Mentals (respondido pela Deborah Babilônia)

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Foto – Divulgação

Ah, e pra quem não ouviu ainda, vai ao som do EP “Feel The Mantra”:

Por que uma iniciativa como a da Jager é tão importante pras bandas nacionais?

D – Percebemos que havia uma falta de interesse de investidores neste segmento e alinhado à estratégia da marca, criamos um projeto autêntico, onde o único objetivo é valorizar as bandas, criando oportunidades associadas ao Jägermeister.

O que você não aguenta mais ver em festivais brasileiros e por quê?

D – De uma forma geral eu tenho observado que os festivais têm tido uma boa organização, bandas com qualidade e uma boa estrutura. Não tem nada tão discrepante das minhas expectativas, mas eu considero importante que seja incentivado e dada abertura para novas bandas, novos projetos, que acredito que ainda falta no ‘mercado’.

Quem devia tocar na próxima edição?

D – Difícil estipular agora quem deveria, mas na hora da escolha prezamos pela qualidade do som e a atitude da banda de maneira geral. Independente dela ser muito ou pouco conhecida. Sempre estamos de olho!

Como você toma seu Jäger?

D – Muito, muito gelado. Sabe quando a garrafa está com aquele “gelinho” por fora? Pego um copinho de shot e pronto! Fica perfeito! E claro, não tem graça virar shot sozinha.

E qual foi a pior coisa que você já fez de ressaca?

D – Uma vez fui ao supermercado passando mal. Fui pegar um pão de forma e assim que estiquei a mão me deu uma tontura e sem querer me desequilibrei e derrubei quase toda a prateleira de pão. Passei uma vergonha muito grande. Foi uma idosa quem me ajudou.

Hellbenders

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Foto – Thanira Rates

Mesmo com a maldição das bandas goianas (nunca consegui ver um show deles ou do Boogarins), falei com o Diogo Fleury sobre o projeto. Olha só:

Por que uma iniciativa como a da Jager é tão importante pras bandas nacionais?

D – É importante, pois fomenta um cenário de bandas independentes que carece de maior visibilidade e suporte para melhor se estruturar. A possibilidade de oxigenação da música nacional – ao meu ver ainda muito engessada – está nesse circuito e, portanto, um evento que volta os olhos para o mesmo tem muito a somar para a renovação da cultura musical do país.

O que você não aguenta mais ver em festivais brasileiros e por quê?

D – A falta de rotatividade na escalação das bandas nacionais para a composição do lineup. Na minha opinião, o Brasil ainda está engatinhando quanto à conexão e diálogo entre seus grandes festivais de música e o cenário de música independente do país. Mas houve melhora. Black Drawing Chalks, Macaco Bong, Boogarins, Far From Alaska, Scalene e Krow são algumas das bandas nacionais que representam essa conquista relativamente nova.

Quem devia tocar na próxima edição?

D – Inky, Carne Doce, Overfuzz e Muñoz. Boas bandas de diferentes estilos que merecem ser ouvidas e não decepcionariam (espero eu rs) na hora de vestir a camiseta da festa.

Como você toma seu Jager?

D – Puro, com energético, no gargalo, no tubinho, no copo 3D da Jager que eu queria ter levado de recordação da festa… rs  O importante é causar o efeito desejado! rsrs

E qual foi a pior coisa que você já fez de ressaca?

D – Ralar a cara inteira no asfalto e ficar uns bons meses com o rosto desfigurado sendo chamado de ScarFace, tendo que responder: “Não, não caí de moto, nem de skate, nem de bike. Foi de bêbado mesmo”. rsrs

Mas tem outro cara da banda que errou de quarto e acordou na cama da mãe em pleno Dia dos Pais. Acho que ele ganhou de mim. Rsrs

Marcelo Gross

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Foto – Reprodução

Quando não está com seu projeto solo, Marcelo Gross viaja em turnê com a Cachorro Grande – que, aliás, é o que anda fazendo agora. Não sei bem como, mas ele ainda arranjou um tempinho para dar sua opinião sobre o True Rock.

Por que uma iniciativa como a da Jager é tão importante pras bandas nacionais?

M – Porque nesse momento que a gente vive do sertanejo e do politicamente correto e careta, qualquer iniciativa de mostrar as bandas de rock de verdade que tem no Brasil aos montes é muito válida. O atual cenário do rock precisa de eventos como esse pra galera se unir, celebrar e mostrar o trabalho.

O que você não aguenta mais ver em festivais brasileiros e por quê?

M – O que falta são os festivais apostarem nas bandas da nova geração e principalmente nas que são Rock n Roll de verdade.

Eu não aguento ver banda pau mole hipster da modinha no lugar de quem bota realmente pra foder e deveria estar lá representando o Rock Brasileiro.

Quem devia tocar na próxima edição?

M – Além da gente novamente? ( hahahahaha)  Olha, tem muita gente boa, além das bandas excelentes que tocaram na primeira edição (Vivendo do Ócio e Deb & the mentals). Gosto muito do “The Baggios” de Sergipe, da banda “Trem Fantasma” de Curitiba, banda “Soldado Marimbondo”, “Picanha de Chernobyl” é massa também. Tem o trabalho solo do Martin, guitarrista da Pitty, meu irmão…,“Boogarins”, “Rafael Castro”, outro grande amigo, a “Lia Paris” que está lançando disco agora e os “Mustache e os Apaches” de Porto Alegre que fazem um bluegrass brasileiro arretado…

Enfim, tem muita coisa boa e verdadeira por aí!

Como você toma seu Jager?

M – Geladinho, no tubinho, entre uma cerveja e outra.

E qual foi a pior coisa que você já fez de ressaca?

M – Ah, no dia seguinte do show tive uma reunião de planejamento que durou horas… não foi fácil, haha!

Vivendo do Ócio

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Foto – Reprodução

A essa altura você provavelmente já sabe, mas a Vivendo do Ócio agora é uma banda totalmente independente e anda às voltas da gravação do novo álbum, “Selva Mundo”, feito por financiamento coletivo. Mesmo com a correria, eles arranjaram um tempinho:

Por que uma iniciativa como a da Jäger é tão importante pras bandas nacionais?

V – Qualquer iniciativa que apoie as bandas autorais é muito válida. É importante criar espaços para que a cena alternativa cresça, o que não falta são bandas boas para preenchê-los. Quanto mais recurso for aplicado nessa ideia, mais bandas e públicos vão se identificar e querer fazer parte, torcemos para que o festival fique cada vez maior.

O que vocês não aguentam mais ver em festivais brasileiros e por quê?

V – Os festivais que mantém quase sempre a mesma grade, não precisa nem dizer o quanto isso é chato, também tem outra coisa que achamos desnecessário e uma falta de respeito: Criar área reservada na frente do palco. Quem não quer muvuca que fique nos camarotes.

Quem devia tocar na próxima edição?

V – Essa deixamos para a produção True Rock, que é muito competente, escolher. Mas, para nós, qualquer banda que tenha uma postura e principalmente um trabalho autoral interessante, merece participar.

Como vocês tomam seu Jager?

V – De qualquer jeito, mas preferimos o tradicional: shot bem gelado.

E qual foi a pior coisa que vocês já fizeram de ressaca?

V – Emendar outra ressaca.

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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