Na última sexta, o Urbanites, banda de Curitiba que chegamos a comentar por aqui, lançou uma live session da música “Badlands”, capturando atmosfera de alienação e ansiedade do rock alternativo dos anos 90.
Essa live foi gravada pelo produtor Vinicius Graganholo no Nicos Studio, mas filmada e editada por Raphael Moraes. Dá o play para conferir o resultado:
Aproveitando a deixa, conversei com o Guilherme Lazzari, vocalista e guitarrista do grupo, para perguntar o que vem aí esse ano.
Quais foram as influências dos anos 90 que vocês usaram pra esse clipe?
G: Visualmente, as influências foram um apanhado de diversas live sessions e clipes que gostamos, não necessariamente apenas dos anos 90 (todas aquelas sessões do “Live From The Basement” foram uma referência, por exemplo). A partir daí, pensamos na paleta de cores, luzes e ambiência que queríamos empregar.
Já a canção “Badlands” é totalmente inspirada no rock alternativo dos anos 90: Nirvana com seus versos calmos e sombrios, alternados com refrões explosivos; Smashing Pumpkins com suas guitarras distorcidas; Radiohead com aquela desolação característica nas letras e nas melodias; e muitas outras bandas: The Verve, Oasis, Blur, Stone Roses, só pra citar algumas.
Além de “Badlands”, vocês gravaram mais alguma na live session?
G: Não, porque quisemos dedicar aquele cenário, ambiente e luzes somente a essa música. Temos percebido o quão importante o audiovisual tem se tornado para promover música nova (é algo mais forte ainda do que na era pré-internet/Youtube), então preferimos dar essa característica visual somente à “Badlands”, do que gravar mais alguma música no mesmo contexto, o que soaria “mais do mesmo”.
Mas vai rolar mais uma live session daqui alguns meses, pra promover o segundo EP!
Falando em futuros lançamentos, quais os planos para esse ano?
G: Primeiramente, lançar o segundo EP, juntamente com um clipe (e, se tudo der certo, lançar outros vídeos em torno desse lançamento).
Além disso, estamos trabalhando nas nossas músicas ainda não gravadas e nas novas composições, que vêm surgindo e evoluindo. Felizmente, temos bastante material pra lançar, mas não queremos nos apressar muito nisso, pois somos uma banda relativamente nova (e com isso, temos que aprender com os erros que vamos cometendo no caminho).
Tão importante quanto ter ótimas composições é saber como lançá-las e, para isso, precisamos desenvolver cada vez mais nossa capacidade de autogestão e de produção executiva. No início a gente não achava que teria que estudar marketing e produção de vídeos, mas sem dominar esses fatores, não tem como um artista independente prosperar, pois ninguém vai fazer essas coisas pra gente.
O novo EP segue a mesma linha ou traz novas influências? Podem adiantar alguma coisa?
G: Acredito que é um pouco das duas coisas. As canções do segundo EP foram gravadas na mesma ocasião do primeiro. Gravamos oito músicas em setembro/2016 pelo produtor Fred Teixeira (estúdio Gramofone – Curitiba), quatro das quais foram lançadas no primeiro EP “Anxious Minds, Vol. 1”.
Dito isso, acredito que nesse segundo EP vai dar pra perceber um pouco mais da vertente de blues e blues rock, que também é uma grande influência nossa.
O novo EP terá três músicas (havia uma quarta que foi gravada, mas não ficamos felizes com o resultado) e foi mixado e masterizado pelo Alexandre Chapola, produtor de Jundiaí. Acredito que o trabalho dele nesse EP trouxe uma nova faceta para as músicas, diferenciando bastante do primeiro, de certa forma. E o título será “Anxious Minds, Vol. 2”, obviamente!
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Como a gente é bem suspeito quando o assunto é blues rock, já ficamos aqui na expectativa do novo EP!