Quem pegou os anos 00s pôde ver o crescimento de bandas como Arctic Monkeys e Libertines. Depois disso, é comum ouvir que alguma banda é o “novo Strokes” ou coisa do gênero. No entanto, não acho que o The Skinner Brothers tenha tais pretensões.
Eles parecem desenvolver seu próprio estilo de maneira bem natural, trazendo influências que vão do KISS a Frank Sinatra. O flow das letras é muito rápido, quase chegando à spoken word ou rap, como o Alex Turner fazia ali nos primeiros álbuns ou Jamie T, mas a atitude e os riffs estão mais próximos de Pete Doherty, Carl Barat e cia.
Não por acaso, eles foram convidados pessoalmente pelo vocalista do Libertines para abrir a última turnê dos caras. Formado em 2017 por Zachary Charles Skinner (vocais, guitarra), Slade David Gabbici (guitarras), Piff Spice (baixo) e Chino Pola (bateria), o quarteto ainda não teve seu debut, mas gravou em estúdios grandes, como o da Universal e Warner, e lançou alguns singles bem bons.
Entre eles, podemos citar o recente “Nothing but an Actor”, que revive aquele espírito brit-pop para os saudosistas:
Já “High Confessions” acabou de ser lançado e traz um lado mais funky do grupo.
Falo com tranquilidade que essa é uma das bandas da tia Beth para ficar de olho. 2018 foi bem produtivo para eles e, se continuar nesse ritmo, não vai demorar para encontrarmos seu nome nos lineups de festivais mundão afora.