Alexandra Sipa transforma fios elétricos em moda

Vivemos em um período de repensar muitas coisas. Processos criativos, indústrias inteiras que já não são mais sustentáveis da forma como estão. O exemplo óbvio e gritante disso é a moda, com seus calendários que estavam com os dias contados e, agora, deixam de fazer sentido.

Tanto é que grandes nomes abandonaram padrões para repensar lançamentos e periodicidades. Tecido, funcionalidade, o que mais pode mudar?

Parece que, para Alexandra Sipa, muita coisa. A inglesa formada pela Central Saint Martins começou a experimentar com materiais depois que seu fone quebrou, extraindo os fios e bobinas para criar um tipo de renda.

O processo surgiu de muito estudo em livros, vídeos de YouTube, tentativa e erro – um dos vestidos, inclusive, levou mais de 1000 horas até ser finalizado: ou seja, praticamente um mês e meio ininterrupto de tecelagem.

Entre suas referências, a designer cita a estética romena, de onde veio sua avó. “…É uma mistura de arquitetura francesa com o cinza de complexos da arquitetura brutalista e mega estruturas comunistas (como o Palácio do Parlamento), enquanto as mulheres geralmente são super preocupadas com a aparência, se arrumando todas até para uma ida ao supermercado e adotando looks ultra glamurosos, ultra femininos”, ela explica.

O resultado são peças que demonstram a sustentabilidade em que acredita, ressignificando objetos sem uso para novas invenções e técnicas.

“A indústria está começando a sentir essa urgência por mudanças, especialmente por causa das mudanças climáticas e da demanda crescente por opções mais sustentáveis. No entanto, as empresas precisam reconhecer a oportunidade de negócio que é a indústria de moda circular”. Isso, ela defende, vai muito além dos materiais, é toda uma mudança ética, em como as pessoas são tratadas dentro dessa cadeia de produção.

Via

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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