“Battle Royale” – Resenha

battle-royale-movie_3

Se você é fã de distopias, com certeza já ouviu falar de Battle Royale – especialmente se gosta de Jogos Vorazes, uma vez que a trilogia foi inspirada no mangá adaptado do romance. Foi publicado em 1999 e concorreu ao prêmio Japan Grand Prix Horror Novel, mas foi desclassificada na fase final por ser considerado “controverso” demais, mesmo assim é uma obra adorada no Japão, assim como seu filme, lançado em 2000, e suas adaptações em mangá.

Como toda distopia, a história se passa no futuro (embora aqui não seja um futuro tão distante assim), e o Japão foi transformado na Grande República do Leste Asiático, controlado por um governo ditatorial – todo mundo que não concorda com a forma como o país é governado é executado, não é permitido contato com os outros países, a cultura desses países é proibida de ser divulgada pela Grande República, e isso inclui músicas de rock e livros, todas as crianças e adolescentes são obrigados a frequentar a escola e, todo ano, uma turma do nono ano é escolhida para participar do Programa.

Esse Programa consiste em levar esses estudantes a um local que foi anteriormente isolado, no caso do livro a ilha Okishima, onde eles recebem kits de sobrevivência contendo dois litros de água, um mapa e lápis, e uma arma, diferente em cada kit. O objetivo é bastante claro: eles devem matar uns aos outros até restar apenas um aluno vivo, ou todos morrem.

Os protagonistas da história são Shuya, Noriko e Shogo, mas não acompanhamos apenas a visão deles da história, passamos por cada um dos 39 estudantes.

Apesar de você se irritar em algumas partes (especialmente com Shuya), vale lembrar que eles são adolescentes em seus 15 anos, e há histórias realmente interessantes sobre a vida de cada um até eles terem sido jogados na ilha. E acho que esse é um ponto que o filme falhou em sua adaptação: você assiste ao filme para ver as mortes, sem se importar realmente com nenhum dos personagens. No livro é diferente, por mais que mostre algumas cenas gráficas dos assassinatos, você se importa com pelo menos alguns deles, e esse é um dos pontos mais fortes do livro.

É um romance extenso, mas fácil de se acompanhar uma vez que você se acostuma com os nomes, e por vezes você não conseguirá solta-lo até a mudança de personagens.

Título: Battle Royale
Autor(a): Koushun Takami
ISBN: 9788525056122
Editora: Globo Livros
Páginas: 663
Classificação: ★★★★

Bells Cavalcanti

Fiction is a lie that tells us true things, over and over

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *