Apesar do papel questionador, de botar o dedo na ferida, que os músicos têm, só agora começam a se destacar artistas que realmente discutem coisas como identidade de gênero, sexualidade e relacionamentos com aquela sinceridade brutal. E é lá do Brooklyn nova-iorquino que o PWR BTTM (lê-se power bottom) surge para questionar.
O duo é formado pelo guitarrista e vocalista Ben Hopkins, de 23 anos, e Liv Bruce, segunda voz e baterista, 22. Ambos se identificam como queers e provocam, brincando com pronomes inesperados no meio das músicas, como essa daqui: “My girl’s so sad/everything I do makes him mad”.
Suas músicas variam do punk bate-cabeça, até meio thrash, a faixas mais melancólicas no álbum de estréia, “Ugly Cherries”, lançado ano passado nos EUA. Só agora o mesmo chega no Reino Unido, com direito a duas músicas novas, “New Hampshire” e “Projection”.
Por enquanto, eles seguem trabalhando em material novo, incluindo clipes, mas tomando o cuidado de se manterem fieis às origens. E a fórmula parece funcionar, chamando atenção do Pitchfork e garantindo um espacinho no SXSW.
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