Jorja Smith homenageia o BLM com clipe para “Rose Rouge”

Há pouco tempo, foi anunciado o “Re:imagined”, um álbum com clássicos da Blue Note Records, label de jazz que já assinou nomes como Bobby Hutcherson, Horace Silver e John Coltrane, entre muitos outros. Para esse projeto, foram escalados nomes de peso que vem se destacando nas cenas de jazz, soul e R&B. Fica a responsa de regravar uma das faixas, dando o seu toque pessoal.

Jorja Smith foi uma das artistas escaladas para essa empreitada. Ezra Collectiva, Nubya Garcia, Shabaka Hutchings, Jordan Rakei, Poppy Ajudha, Emma-Jean Thackray também.

Daí que hoje ela solta não só a faixa, como também um clipe dirigido por Samona Olanipekun para acompanhar “Rose Rouge”, originalmente de St. Germain. E que vídeo, viu? O diretor inglês-nigeriano encapsulou todo o espírito de união e questionamento que o BLM levou para a rua em quase seis minutos de homenagem e reflexão.

“Temos que continuar a conversa sobre injustiças que continuam acontecendo e que já aconteceram com os negros de todo o mundo”, Jorja explica. “Esse vídeo é um tributo para todas as pessoas que construíram o caminho para o empoderamento negro e para a liberdade. Nós não vamos nos calar – vidas negras importam – e sempre importaram”.

“Com tanto acontecendo ultimamente e com o que ainda vem por aí, senti que era importante fazer esse balanço”, o diretor acrescenta. “O filme é uma oportunidade de destacar o imenso esforço que estamos fazendo. (…) Rose Rouge é uma bela faixa que tem o poder de unir e inspirar. Pareceu certo unir essa energia ao visual. Também era importante criar esse link com quem veio antes de nós, quem já lutava por nossa liberdade. Fazemos parte de uma luta que começou muito antes de nascermos e que, muito provavelmente, vai continuar quando nos formos; tudo o que podemos fazer é carregar o bastão e pedir exigir mudanças”.

Jorja e Ezra Collective uniram forças para lançar um vinil com “Rose Rouge” e uma versão para “Footprints”, do Wayne Shorter. Todo o lucro das vendas vai ser revertido para o Kwanda, uma plataforma para o empoderamento negro.

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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