MPB e rock psicodélico se encontram no som de Arthur Melo

Relações líquidas dão o tom a tanto que transbordam no novo trabalho de Arthur Melo. “Mirantes Emocionais” é o quarto álbum de um dos nomes emergentes do indie pop psicodélico, e homenageia a divergente história musical do Brasil ao mesmo tempo em que olha para o futuro e trilha novos caminhos, ora se aproximando das nossas raízes e explorando a bossa nova e a MPB, ora buscando referências no avant-garde do Velvet Underground ou no rock psicodélico para experimentar novos rumos.

O “single duplo” lançado essa semana pelo músico resume bem o que a gente tá falando. Enquanto “Do Colostro ao Osso” vai mais para o punk rock e traz inspirações de T-Rex, Misfits, e aquele indie rock do começo dos anos 2000, “Saídas” é seu contraponto e lado B, se aproximando mais de baladas e da música brasileira.

A primeira é a “que talvez melhor resuma o disco”, conta o mineiro. “Há muitas imagens com diferentes significados ao longo da música que podem ser interpretadas de muitas maneiras. A temática inicial é o amor, mas há outras, como a exploração de recursos do planeta e o apego extremo a coisas materiais”.

Assista ao lyric video aqui:

Já o lado b, “Saídas”, data de antes. “(A música) foi a primeira faixa do disco que comecei a trabalhar em meados de 2020, ela era um resquício de ideia pro meu último disco, Adeus, que acabei não usando na época e assim ela entrou nesse disco novo”.

Entre as influências, estão Edu Lobo e Ivan Lins, artistas que ele ouvia na época em que compôs. Também, “junto a De Toda Sorte, é a faixa que no disco mais explora o silêncio utilizando de preenchimentos de phaser e outros efeitos na bateria e de guitarras mais etéreas”.

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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