Fiquei completamente cética quando me disseram que iriam lançar uma série do Flash. Antes mesmo de Batman entrar na minha vida, eu tinha uma adoração pelo super-herói de Barry Allen e acho que todo mundo que já entrou em contato com alguma coisa sobre o personagem também se apaixonou por ele. O problema com personagens adorados é que por mais que você queira que eles tenham mais destaque com filmes e séries, você também quer protege-lo de má adaptações.
Quando anunciaram Grant Austin para o papel de Allen, fiquei completamente desiludida e o motivo disso foi puro preconceito, uma vez que Austin havia participado de Glee. Porém, isso não diminuiu em nada minha vontade de assistir a série e poder odiá-la em paz ou, quem sabe, me surpreender e me apaixonar pelo Flash da TV.
Com o vazamento do episódio piloto em junho, eu pude tirar todas as minhas dúvidas. Assisti pela primeira vez em um daqueles frenesis em que você tenta ver um episódio de 45 minutos em apenas 20 (obviamente, não é possível) e logo de cara me rendi a interpretação de Grant Austin, que conseguiu capturar a essência do personagem de forma perfeita.
No piloto, vamos ver Barry Allen, um cientista forense, em busca de respostas para a morte de sua mãe, que ele acredita que tenha tido uma causa mais sobrenatural. Porém, uma noite ele é atingido por um raio causado pela explosão de um acelerador de partículas criado por Dr. Wells, e passa meses em coma, acordando com os poderes que o tornam conhecido como Flash. Ao acordar, ele conhece Cisco Ramon (futuro herói Vibro) e Caitlin Snow (futura vilã Nevasca) e, claro, Dr. Wells. Depois daí, o episódio desenrola de maneira rápida, Barry testa seus poderes, descobre que sua melhor amiga por quem ele está apaixonado, Iris West, começou a namorar o detetive Eddie Twane nos meses em que ele ficou em coma, e também que a explosão do acelerador de partículas (responsável pela criação do raio que o atingiu) deu superpoderes a outras pessoas, que ficam conhecidos como metahumanos. Antes de derrotar o seu primeiro vilão, ele vai até Starling City conversar com Oliver Queen – todo o episódio até ali é, na verdade, Barry contando a história ao Arqueiro Verde – e apenas daí decidi assumir sua identidade como Flash, salvando o detetive West de Clyde Marton, que depois de ter sido atingido pela explosão é capaz de controlar o tempo. E ainda tem uma pequena surpresa no fim do episódio, que nos diz o que esperar em episódios futuros.
No que se trata de uma adaptação para TV, mantiveram a história até bastante fiel com a linha original dos quadrinhos. Apenas com o piloto, a série consegue chamar a atenção e fazer as pessoas quererem mais, o que é ótimo para trazer um novo público, aquele que não é acostumado a ler as histórias em quadrinho, o que, no final, é um dos principais objetivos com séries como The Flash, Arrow e, também para estrear, Gotham, iZombie e Constantine.
No Brasil, a série será transmitida pela MTV (alguém mais acha estranho a MTV está passando tanto seriado?) mas ainda não tem uma data específica. Podemos esperar que estreie em outubro, pouco depois da estrea oficial.