Radio Moscow, Muddy Brothers e Grindhouse Hotel botam o Inferno abaixo

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A noite dessa última sexta foi russa. Na sua segunda passagem pelo Brasil ainda nesse ano, o Radio Moscow botou o Inferno abaixo com um show de peso, nocauteando muita gente com a energia do garage rock de primeira que faz. Como pauleira pouca é bobagem, o Muddy Brothers e o Grindhouse Hotel mataram a pau. Mesmo com a chuva.

E que chuva, né? Se tem algo capaz de miar rolês, esse algo são as chuvas em SP. E não é nem pela preguiça, é pelo caos que fica a cidade. Mas nem isso foi capaz de desanimar a galera que lotou grande parte da casa. A outra foi tomada pelos bate-cabeças monstros que rolaram por lá.

Com um setlist bem dividido entre os cinco álbuns da carreira, eram nas mais antigas que os fãs se ancoravam para cantar junto. Tanto é que “Mistreating Queen” e “Deep Blue Sea”, ambas do primeiro disco autointitulado do grupo, foram pontos altos do setlist composto por doze faixas, mostrando nuances de um blues rock que passou pelas mãos de Dan Auerbach, do The Black Keys.

Mas eram nas músicas mais recentes que eles se mostravam afiados. Não só “Death Of A Queen” e “These Days” traziam peso, como também era onde eles se sentiam livres para improvisar – aproveitando o entrosamento que se via fácil do palco.

Não faltou entrosamento também entre nossa prata da casa. Enquanto o Muddy Brothers pendia para o blues rock, o Grindhouse Hotel destilava um stoner de primeira. Aliás, se você ainda não conhece nenhuma das duas, fica a dica:

O Muddy é um trio de Vila Velha que caiu no meu radar na época do Planeta Terra (R.I.P.) por meio de um concurso do Club NME. O EP “Seasick” é resultado desse rolê – o EP e um show por lá que chamou a atenção até do guitarrista do Beck, e do Parker Greggs por aqui.

Também, só para te dar uma noção, a galera do Inferno já tinha até apelidado o Will de Brian May. Sentiu o nível da coisa? Então pula pro 3:40 pra ouvir “That Night”.

Já os paulistanos do Grindhouse Hotel lembram bandas como Kyuss e Red Fang (cujo show eles chegaram a abrir por aqui). As distorções um tantinho assim pesadonas se misturam a riffs competentes em faixas que não ficam pra trás de nenhuma banda gringa.

Em resumo, a noite foi só pedrada – e de primeira. A pira foi tanta que a gente saiu de lá com um disco do Radio Moscow pra sorteio e uma entrevista que deve ir pro ar logo mais.

Foto: Barbara Viana

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

Um Comentário:

  1. Pingback: Radio Moscow @ Inferno: galeria de fotos - SHELTER

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