Quando vi a premissa de Other Words for Smoke, fiquei automaticamente empolgada para a leitura. Bruxas desenvolvendo seus poderes? Sim! Casas sobrenaturais com gatos que falam e espíritos nas paredes? Tô dentro.
Para completar, Sarah Maria Griffin é uma das grandes promessas literárias da Irlanda – e muito se fala de sua escrita. Isso não tem como negar: ela consegue moldar a realidade e a fantasia para caminharem lado a lado com naturalidade e cria toda uma atmosfera etérea para seu mundo.
O livro começa do final, com a casa em chamas e os gêmeos Mae e Rossa sem conseguirem explicar o que se passou ali. A todo tempo, são criadas expectativas para que algo grandioso aconteça… Mas não é bem assim que o enredo se desenrola.
Basicamente, transitamos entre três momentos históricos distintos. Um que se passa antes dos gêmeos, outro com sua primeira visita e o terceiro com o retorno à casa e tudo que nela habita.
No entanto, mesmo quando chegamos ao grand finale, a promessa nunca se concretiza, o que gera alguma frustração. Esse, para mim, foi o ponto que mais pegou durante todo o livro.
A autora p assa da segunda para a terceira pessoa durante a narrativa – o que poderia ser interessante se a personagem cujo ponto de vista acompanhamos mais intimamente, Bevan, tivesse o mínimo de carisma. Mas não tem.
Como livro teen, no entanto, ele funciona. Das primeiras crushes a novas amizades e visitas a tias distantes em casas assombradas, encontramos vários elementos promissores.
“Other Words For Smoke” não foi uma das minhas leituras preferidas do ano, mas pode funcionar para quem aprecia esse realismo mágico – afinal, já acompanhei várias críticas positivas. Quem sabe não faz a sua cabeça?!
Nota final? 2 pela boa escrita e pelo sobrenatural.
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