Bratislava tá, literalmente, brincando com fogo

Seria a arte inerentemente política? Independentemente da resposta, fato é que cada vez mais surgem músicas densas, com clipes que a acompanham. Vide o “Believe It” com a diversidade periférica explorada pelo White Lies. Também é assim com “Fogo”, registro que encerra o ciclo do álbum de mesmo nome da Bratislava.

Dirigido por Beto Whyte, o clipe cru foca muito mais no discurso da banda. Com isso, nossa atenção recai sobre a necessidade de enfrentar os próprios medos e problemas.

“Essa música surgiu de um redemoinho de questionamentos, de conversas nossas aqui na banda sobre direitos humanos, grupos minorizados, lugar de fala. A letra foi tomando forma como uma espécie de autoanálise, onde colocamos na mesa questões complicadas, sem resposta. O ‘falar com o fogo’ da letra é uma espécie de ‘colocar o dedo na ferida’, é lidar com assuntos doloridos, pesados, cutucar tabus, falar sobre o que se evita. A gente questiona a validade do nosso discurso, das nossas canções e letras enquanto homens, enquanto héteros, no meio de tantas outras vozes e lutas sociais tão mais relevantes”, reflete Victor Meira, vocalista e compositor da banda.

Tá pronto pra falar com o fogo?

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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