“Inteiro Metade”, novo álbum do Tagua Tagua, é completo em sua jornada

Encontros, reencontros e desencontros dão o tom de “Inteiro Metade”. Esse primeiro álbum do Tagua Tagua extrapola classificações, experimentando elementos que vão do neo soul e do psicodelismo até sons muito mais regionais, que tornam a se misturar nas nove faixas que marcam este trabalho.

Foto: Guillermo Calvin

O resultado é uma identidade bem característica que acompanhamos em EPs passados – ou quase isso. A cada lançamento, incorporam-se novas texturas, evolui-se.

Falando nisso, evolução é um dos principais pontos dessa jornada em busca de ressignificações. É euforia, saudade, e uma melancolia ancestral, inerente de processos de transformação e ressignificação. É aprender a aceitar o novo.

A trinca de abertura são as já conhecidas “Mesmo Lugar”, “Só Pra Ver” e “4AM”. A partir daí, seguimos por um caminho mais introspectivo que desemboca em “Inteiro Metade”, faixa que dá título ao álbum.

“Como o disco é quase uma linha do tempo dos momentos e reflexões desse processo, ela acaba sendo o ponto de intersecção entre a linha da saudade (na melancolia da letra) e a linha da aceitação (no arranjo fluido, leve, que indica o progresso). A música, de certa forma, exalta que não tem como passar por isso sem ser inteiro num dia e metade no outro”.

Esse ciclo acaba (ou recomeça?) em “Do Mundo”, que, curiosamente, reflete quase sem querer o momento de carreira do músico. Agora ele é do mundo. E dá continuidade a essa expansão com lançamentos simultâneos na Europa e nos Estados Unidos.

Ouça o disco na íntegra a seguir ou, se preferir, garanta agora o vinil.

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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