Vulnerabilidade que floresce em “O Que Vale a Pena”, EP de Bluebagbang

2020 pode até ter acabado com a garra de Marina Hungria, como ela mesma canta no começo de “Saturno”, mas desaguou em um EP delicado e repleto de emoção. “O Que Vale a Pena” reflete anseios e medos desse mundo pós-pandêmico durante uma jornada por 5 faixas.

Foto: Gabrielle Angelim

Marina, a frontwoman por trás do Bluebagbang, fez desse processo de quarentena arte e produziu e gravou por conta própria o novo EP dentro de seu home studio, não só cantando, mas também tocando todos os instrumentos.

Transitando entre a MPB e um indie folk melancólico, seus vocais por vezes lembram o de Adriana Calcanhoto. Talentos à parte, isso se deve também à lapidação feita em conjunto com Thiago Pethit, nome por trás da vocalização da artista.  

Passado, presente e futuro se embaralham nessa narrativa não-linear, que ora homenageia, como em “Cecília”, ora busca inspiração em outros escritores, como é o caso de “Mariana e o Receio de Acordar”. A música nasceu de conversas existenciais depois de se deparar com uma frase específica de “Dias e Mortes de Amor e de Guerra”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano.

Ouça o EP completo aqui:

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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