Faixa instrumental lança frescor sobre o trabalho solo de Rod Krieger

O oriente e o ocidente se fundem na nova música de Rod Krieger. Em seu recomeço, pessoal e profissional, ele se distancia das trilhas já conhecidas com a Cachorro Grande e explora novos ritmos e influências. Se, nas duas anteriores, o eletrônico mostrava raízes fortes, “Raio” é uma faixa instrumental que lembra toda a admiração de Jimmy Page pela música indiana ou, como o próprio músico cita, as guitarras de Keith Richards.

Foto: Thais Pimenta

Isso graças ao uso do sitar. A ideia veio depois de uma aula que ele fez com Fábio Kidesh ainda no Brasil. “Havia acabado de terminar uma aula de sitar, peguei o violão e compus Raio de uma vez só, se não me engano, o Fábio compôs o sitar de primeira também e depois gravou a versão final”, ele explica.

O resultado ganhou um clipe com jeito de videoarte feito por Thais Pimenta. Sincronizados na música e no amor, a parceria surgiu de forma bem espontânea, como ela conta: “era um domingo de manhã, Rod tinha uma gravação do clipe agendada para aquela hora, mas o diretor teve um imprevisto e foi preciso cancelar. Tomamos um café e saímos com a Aretha, nossa cadelinha. Peguei o celular e comecei a fazer alguns registros.”

“Até que chegamos num parque e percebi que as árvores se encontravam no céu. Comecei a filmar aquilo, achei bonito e gravei um plano sequência no tempo de Raio. Fui lembrando da canção e filmando. Quando sincronizamos com o áudio, ficou bem próximo de uma videoarte, não tanto um clipe, penso. Filmamos mais algumas versões e daí finalizamos”.

“Ninguém melhor para captar essa videoarte do que a Thais. Ela acompanhou todo o processo de composição do álbum. Essa textura, em plano sequência, foi uma sacada intuitiva e momentânea da parte dela, mais natural, impossível”, Rod comenta.

No dia 13 de março, sai o primeiro trabalho completo de Krieger. Até lá, brasileiros em trânsito e colegas portugueses podem ouvir as músicas ao vivo em primeira mão. Ele se apresenta amanhã, dia 16 de janeiro, com o The Telepathic Owls, duo formado por Halison P. no baixo e Mick Maciel na bateria.

Entre o repertório, tem as faixas autorais, além de versões de suas duas antigas bandas, Os Efervescentes e Cachorro Grande, além de uma homenagem ao Júpiter Maçã.

Rod Krieger and The Telepathic Owls + Summer of Hate

Data: 16 de janeiro

Local: Sabotage

Horário: 23h

Entrada: 6€

Bruna Manfré

não é boa com descrições.

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